segunda-feira, 6 de março de 2017

Palavras...

Desejo escrever-lhe, ainda que para você seja irrelevante.
Ainda que você veja as palavras como um simples conjunto de letras;
Ainda que para você um verbo seja apenas um verbo.
E depois de ler você jogue meus sentimentos em uma gaveta qualquer.

Para mim é diferente, palavras são pesadas.
Elas carregam nos ombros amor, paixão, medo;
Elas gritam ao mundo, ainda que em silêncio;
Com palavras te faço eterna, ainda que no mundo tudo seja passageiro.

Você lê com os olhos, assimilando meus sentimentos como informação;
Enquanto me esforço enfrente ao papel,
Intrigado de não encontrar palavras dignas de descrevê-la
Frustrado de muitas vezes não encontrar nada a sua altura.

Se fechasse os olhos hoje, lembraria:
Que com três palavras nossa história começou;
E se parasse pra pensar,
Com apenas uma nós construiremos a nossa vida.

Com palavras desenho as curvas do seu corpo,
Como é belo cada pedaço de você, principalmente teu sorriso.
Faço a descrição da beleza que tens quando caminha,
Com palavras te farei para sempre... Minha.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Um texto antigo da minha gaveta.


E ainda me recordo do dia que lhe dei aquela rosa insignificante. Não que eu considere uma rosa insignificante, mas porque de todas as rosas que eu te dei, ela era a mais feia. Tão pequena e desbotada e além de tudo, tinha um espinho que lhe feriu.

Mas você ficou com os olhos brilhantes quando te dei, enquanto eu retribuía com um sorriso amarelado de vergonha por te dar a rosa mais feia que eu já tinha visto.

Três dias depois você me manda uma foto que me arrancou um sorriso e encheu meu peito de alegria. Enquanto eu pensava que você a jogaria fora assim que chegasse em casa, você a pôs em um vaso com água para que ela durasse. E não só ela durou como também se tornou a rosa mais linda do mundo! Tão bela, com uma cor vívida e radiante.

Mais linda que a rosa apenas você! Hoje eu descobri que aquela rosa era como eu. Que você me ganhou quando era pequeno, com um espírito desbotado, cheio de espinhos para te ferir. Então você cuidou de mim, me regou não se importou com os espinhos. Então eu cresci e ganhei vida. Para enfeitar sua vida, encher seu coração com meu amor. E fazer com que seus olhos brilhem sempre, toda vez que te dou uma nova flor.

Doce ilusão de ótica...

Andando na rua hoje vi caminhar de costas uma mulher igual a você. Mesma silhueta esguia, cintura moldada e caminhar despreocupado.

Tinha os mesmos ombros firmes ao andar, e o cabelo liso escorria pelas costas de forma tão solta, assim como fazem os seus.

Eu precisaria de alguns minutos (ou horas) pra perceber isso em uma pessoa qualquer. A razão de perceber isso na fração de segundo seguinte, é que meus olhos e minha cabeça desenharam você nela. Pois não minto ao dizer que era quem eu mais desejava ver.

Sendo ela tão igual a você, não me prendi a admirá-la logo que constatei não serem a mesma pessoa. Assim como suco de uva não é vinho; ela parecia, mas não era você.

Desejo de um velho pregador.

Quando eu ficar sem palavras quero continuar tendo muito a dizer. Desde muito tempo já estou ciente que, ao saírem da minha boca, minhas palavras estariam perdidas, a menos que encontrassem abrigo nas lembranças de alguém.

Hoje eu vejo minhas palavras se perderem dentro de mim sem que eu consiga dizê-las. Naturalmente a minha vida se esvai no seu curso, e junto com ela minhas palavras, minha capacidade de expor, minha eloquência.

Então quando eu ficar sem palavras, quero saber que quem eu sou fala por mim. Quero poder falar mais com os meus olhos, e com eles contemplar o crescimento das sementes que plantei. Que os meus frutos sejam mais convincentes que a minha voz outrora teria sido.

Quando eu ficar sem palavras quero ver meus filhos e meus netos continuarem a obra das minhas mãos. Quero saber que se uma pessoa disser a meu filho que ele se parece comigo, isso seja motivo de um sorriso no rosto dele.

Quero deixar meu legado, mas não quero ser idolatrado por ele. Honra e glória sejam dadas ao Senhor pelas obras das minhas mãos. Se porventura lembrarem de mim nos locais onde passei, que seja a lembrança de um instrumento, um servo.

Quando eu ficar sem palavras, e quando a minha carne se tornar pó outra vez, deixo à vocês a lembrança de quem eu fui, e as palavras que neste texto eu pude eternizar

Êxodo

Hora de começar de novo. Tudo a minha volta vem desabando como fileira de dominós, na medida que descubro que nunca estive tão errado sobre mim, sobre tudo a minha volta.

É como se tudo de repente voltasse à estaca zero, e eu fosse novamente um rapaz deixado à própria sorte em um mundo ardil. A diferença é que eu baixei a guarda dessa vez. E o soco foi forte.

Então eis-me aqui renovado, mais forte. É preciso muito mais para me levar ao chão, pois agora eu espero diligentemente pelo próximo golpe.

É como se os Versos Íntimos de Augusto dos Anjos tivessem sido uma carta para mim. Pena que o correio demorou pra entregar. É como se Salomão pensasse em mim quando alertava sobre o beijo dos que odeiam.

Deixo para trás tudo que plantei. Não quero nem mesmo um pouco do trigo. Deixo meus frutos aos que ficam e sigo em jejum.

Vou recomeçar a vida em outro campo. Sou jovem, tenho bastante vigor parar arar a terra novamente, e não me falta nem semente e nem pão.

Mas essa viajem eu farei sozinho. Minha única bagagem será um livro e anotações sobre as lições que o passado me ensinou. Deixo para trás o homem que fui, desejoso que no campo outrora semeado, a lembrança deste lavrador se apague com as estações.

Atitudes

Ainda consigo escrever algumas linhas, embora tenha aprendido com a vida, que amor vai além do que se diz. Não sobrou muito o que escrever. No final, as palavras que ficaram definem apenas o amor que ainda não posso te dar.

Quem ama não fala, demonstra. Não se trata do que você diz sentir, mas do que você efetivamente faz por quem diz amar. O amor é o sorriso tímido, o olhar nervoso, o querer estar junto. É cuidar, fazer feliz, ouvir o que o outro tem a dizer, e não esperar nada em troca.

Não se trata de servidão eterna à um amor platônico. Não é uma postura estática. Acredito que quando duas pessoas têm que ficar juntas, cada decisão e atitude as aproxima sem que elas saibam.

Se você ama alguém, demonstre. A melhor declaração será sempre aquela estampada nos seus olhos quando vê a pessoa. A melhor serenata será sempre um abraço apertado ao ritmo de um coração acelerado. Recite beijos com carinho, doçura e paixão. Tenha certeza que no amor você não é lembrado pelo que diz, mas pelo que faz.

Ponderações sobre amor e fé.

Pela primeira vez ouvi de uma amiga a expressão "reformado com alma de poeta", e confesso ter adorado! De repente comecei a refletir na cômica tarefa de escrever após a minha conversão.

Lembrei-me de uma tentativa falha de escrever uma carta para alguém que amei como jamais amei antes. Comecei dizendo ser ela o que eu mais amava em minha vida: rabisquei as palavras, pois lembrei que amo Deus sobre todas as coisas.

Tentei contornar e dizer que "a amava tanto, que já deveria amá-la em outras vidas, e poderia amá-la por outras tantas quanto fossem possíveis "; logo lembrei que eu só teria uma vida para amá-la (Hb 9:27). Rabisquei tudo outra vez, e tentei novamente, dizendo que a amaria mesmo depois da morte: lembrei então que seremos como anjos (Mt 22:30).

Acabei não escrevendo nada, e fui deitar decepcionado por ter diante de mim a declaração de um amor herege ou declaração nenhuma!!!

Me faltava era maturidade, conhecimento do Amor e principalmente leitura bíblica! Hoje até posso recitar versos de amor para aquela que talvez seja a eleita pra mim.

Mas relembrar essas frustrações foi divertido. Até pra escrever tem que ter cosmovisão bíblica. Primeiro porque não dá pra falar de amor sincero sem saber quem é a fonte maior do amor; segundo porque não adianta ser intenso e antibíblico.

Afinal Ele ta lendo, e se a sua garota souber um tanto de bíblia, você não vai arrancar suspiros dela, e sim risadas.

Eu quero...

Quero estar presente e ver seus dias passarem, e com eles os seus sorrisos, descobertas e preocupações. Quero ver os rumos que trilhará, suas escolhas e as consequências delas.

Mas ainda preciso sorrir sozinho (mesmo que com você), fazer minhas descobertas, cuidar das minhas preocupações. Preciso tomar as minhas decisões antes disso. E a principal delas é a de me permitir amar. Sem medo de ser ferido novamente, pra ter outra parte de mim deixada para trás.

Ainda tenho esperança de amar novamente. Mas ainda tenho medo de arriscar, apaixonando-me novamente e ver alguém partir levando o melhor de mim consigo.

Levará consigo o melhor, pois levará todo o amor que foi dado, e por detrás de cada lembrança levada, a mim restará a recordação de como foi construí-las e os sorrisos que elas lhe arrancaram.

Então te peço perdão, porque hoje eu sou apenas parte do homem que eu queria ser. A parte que quer amá-la, mas ainda não está pronta pra isso. Sou parte de um homem feito de partes. Um retalho das lembranças de quem fui um dia. Um mosaico talhado com as experiências que vivi.

Uma ideia sobre o amor.


Hoje decidi que eu preciso amar, mas amar como criança. Talvez o mal do homem seja aquilo que ele mais admira: o tempo e a experiência de vida.

Ao desenrolar da linha do tempo, tecemos em nossa vida a capacidade de dar significado às coisas, e a mesma informação pode ser vivida de vários contextos, atribuída àquilo que já se viveu.

O adulto não sabe amar. O tempo rouba essa capacidade. Amar deveria ser simples, mas deixa de ser quando o homem atribui amor as experiências de vida.

Amor é se entregar de corpo e alma (conforme os mais apaixonados).

Amor é respeitar diferenças e personalidades opostas (segundo os mais racionais).

Para os mais independentes, amor é ir e deixa ir, com a certeza que vai voltar.

Para os mais carentes, amor é parar ao lado de alguém e não querer ir embora.

Os religiosos chegaram mais perto da verdade, pois o amor vai além de homem e mulher, além do mundo. Amor é presente de Deus, Amor e o próprio Deus.

De forma que nenhum deles está errado (embora nenhum deles esteja absolutamente certo).

Amor é sim se entregar.

Amor também é respeitar aquilo que é diferente na relação.

Amor é partir, e pensar mil momentos na saudade, e consumar cada um deles no reencontro.

Amor é não querer ir embora.

Amor é dom, amor é Amor, amor é misericórdia, é incondicional, é reconhecer que não merece, mas ainda assim ser amado. Amar é ter fé.

Amor é tudo isso, e não é nada disso.

De forma que, sendo adulto, não sou diferente dos outros homens. Já não sei definir o que é amar.

Quero ser como criança ao amar. O amor infantil é tudo no nada. É instantâneo: quem não acha lindo quando os pais apresentam seus filhos um ao outro, mandam que eles se abracem, e após o abraço dão as mãos e saem correndo juntos?

A criança ama sem medo de amar, sem nem mesmo saber que ama. E enquanto tentamos entender o amor, eles simplesmente o vivem (sem ao menos saber disso). Amar é empurrar o balanço pro outro, é machucar e "ficar de bem". É fazer uma apresentação na escolinha pra se divertir (enquanto os seus pais competiam discretamente uns com os outros, tentando fazer do filho a criança mais linda da apresentação).

De tão simples, o amor se faz complexo. Pobres de nós adultos..

Às vezes...

As vezes você só quer sorrir ao lado de uma pessoa, partilhando com ela um momento, lembrança ou piada. Não precisa ser intenso.

As vezes você só precisa que o tempo construa a relação entre vocês. Só entre vocês! Até haver uma certeza de "algo mais". Não precisa contar pra mais ninguém.

E se a certeza realmente se tornar uma dúvida, não precisa agir por impulso e namorar com pressa. Se o namoro não é uma hipótese confortável, o conforto do teu abraço me basta. Não é preciso ser uma formalidade.

Mas se você quiser namorar, saiba que não haverá muita mudança entre nós.

A vontade de te fazer amor eu já tinha lá no começo. A fidelidade também, embora fosse mais ao que eu sentia do que por quem sentia. Seu beijo era o único que eu queria (e ainda quero). Só precisa confiar.

Insônia

Tudo dorme, todos dormem. Estou aqui.

Desperto por uma legião de pensamentos que se recusam a aceitar a trégua que lhes ofereço. E quando fecho os olhos novamente, sou despertado por alguma dúvida, querer ou responsabilidade repentina que cai de repente como gota fria na testa. Esta é minha tortura.

Há semanas que não durmo bem. O tempo corre muito rápido durante o dia, para que eu pense ou faça tudo que preciso. 

O tempo corre ainda mais rápido durante essas madrugadas. Quando pondero tudo que me aflige, percebo o céu em tom ciano pela janela.


Um novo dia que trará consigo as suas gotas.

Apresentação tardia do Autor (ou quase isso).

Sempre tive vontade de escrever um romance. O meu romance. Porque um dia eu acreditei que o amor que sentia poderia tornar-se o meu primeiro livro. Então o primeiro livro faria eterno o primeiro amor.

Mas eu não consigo. Primeiramente, porque o primeiro amor virou passado, e vasculhar o passado, e mais especificamente as doçuras vividas, não é algo que me agrade mais.

Mais ainda.... Quem sou eu? Quem sou eu para julgar-me digno de ser lembrado? E qual seria a lembrança que deixaria? A de um homem que segue só? Meu livro não teria fim, pois o amor que o inspirou teve, e desta forma eu narraria de maneira longânima as minhas desventuras de amor.

Não posso escrever meu tão sonhado romance. Pois o que tenho de amor hoje são fragmentos. Pedaços e mais pedaços de um homem despedaçado. O que vivo hoje não preencheria um livro, embora sejam registros de uma nova tentativa de amor.

Não posso preencher um livro, mas do meu amar faço contos. Amo em monólogos, e até hoje não permiti que meu amor fosse além daquela prosa apaixonada. Meus lábios recitam-lhe beijos, mas não os consumam. Maldito amar temeroso, no qual amo-a intensamente nas linhas destes textos, enquanto privo a mim mesmo riscar os teus contornos com as pontas dos meus dedos

Mulher sem raízes

Leva contigo a lembrança doce,
Pois agora que está partindo é tudo que posso te dar.

Já que está indo embora, leva as mensagens;
Leva meu sorriso ensombrecido na despedida,
Meu olhar de falsa compreensão.
Finja não perceber a evidente tristeza por sua partida, e eu fingirei não ter lhe deixado percebê-la.

Leva contigo meu toque.
O atrito da minha pele ao tocar na sua,
Leve a carícia no rosto,
O beijo na testa,
Os olhos escuros que estudavam os seus.

Parte logo, levando consigo parte de mim.
Ficarei aqui com a expectativa do teu retorno incerto.
Parte com parte de mim na bagagem!
Parte, que eu ficarei partido.

Parte, 
Que a tua partida é parte de mim.

É falta de reciprocidade, vontade ou tempo?

É falta de reciprocidade, vontade ou tempo?

Nos últimos meses os desventurados tem levantado uma nova bandeira chamada "Reciprocidade". Você se apaixona, cria expectativas, investe, e quando não vê suas atitudes terem os resultados esperados, simplesmente deixa de amar. Pior ainda... Você joga no outro a responsabilidade do seu repentino desinteresse.

"Faltou reciprocidade".

Essa tal reciprocidade pode ser definida como correspondência mútua. E a falta dela de fato demanda que sigamos com a nossa vida, a fim de que não deixemos o verdadeiro amor passar. Ok....

Mas amor não acontece de um a três meses não. Isso é paixão, gente. Então cobrar reciprocidade de um sentimento que sequer pode ser construído de forma substancial é difícil. Pense que nas relações pessoais existem dois níveis de sentimento: fraternidade e amor.

Pode acontecer sim a reciprocidade, mas num primeiro momento limitada à amizade, ainda que você já esteja apaixonado. Mesmo assim, você deve entender que o coração da outra pessoa as vezes funciona diferente. Você pode ter precisado da simples aproximação, e a outra pessoa precisar da sua presença. Você pode precisar de semanas, a outra pessoa de meses. Não se sabe como a vida sentimental daquela pessoa foi moldada.

A minha questão, por exemplo, é que acredito que amor acontece sim. Mas que é construído. Eu, por exemplo, preciso da presença, da simples amizade, da cumplicidade, e em algum momento eu percebo que tais coisas, mesmo sendo comuns, podem significar mais. Acredito em esperar o tempo certo, e que o amor, por seus atributos, seja um aprendizado. Benignidade, paciência e capacidade de suportar não são coisas que a gente declara ter, e sim desenvolve. Isso requer tempo e vontade.

Então eu me sinto no direito de questionar: Faltou reciprocidade, ou vontade? Será que você não está sendo injusto em culpar o outro pela sua paixão estar acabando? Parou pra pensar que talvez não foi falta de interesse da outra pessoa, mas falta de tempo pra que essa pessoa fosse capaz de descobrir que te ama?

Em todo caso, foi você que descobriu o que sentia (na verdade o que não sentia né...), mas ao invés de erguer a cabeça e seguir junto da pessoa, você as vezes até se afasta. Isso não é certo. Outro erro? Quando o outro começa a desenvolver sentimentos por você, e ao invés de elucidá-los você está preocupado com aquele discurso de "Quando eu queria você não quis. Agora se arrependeu.".

Então reflita no seu último amor e responda a si mesmo: Faltou reciprocidade, amor verdadeiro da sua parte ou simplesmente tempo para aprender a amar?

Falta de reciprocidade existe sim. Mas talvez não seja o seu caso.

Por que lhe daria flores?

Por que lhe daria flores?

Não me diga que não gosta de flores, e de vê-las arrancadas do solo para morrer em suas mãos. Teu problema é o breve viver da pequena flor recebida?
Não lhe dou flores por serem eternas. Você mesmo não é. De que valeria um presente eterno? Te dou flores exatamente por serem breves, da mesma forma que você. No solo ou no teu vasinho do quarto, ainda assim ela morrerá.
Você também, um dia (espero sinceramente que bem tardio). Mesmo assim, não tenho medo de querer arrancar-lhe os sorrisos dos lábios. São mais breves que as flores que morrem, e nem por isso menos atraentes. Teus sorrisos, como as flores, fazem o meu dia mais bonito. Não tenho medo de querer dar-te a mão, por saber que um dia terei que soltá-la; ou fugir do teu beijo por temer o teu, o meu ou o nosso fim.
Se a flor tiver que morrer, que não seja no sopro gelado da madrugada sombria e nem mesmo no calor cruel do meio-dia. Seja nas tuas mãos macias e preocupadas, regando-a pelas manhãs que puder resistir. Morra no criado-mudo do seu quarto, acompanhando seu sono, enquanto esse privilégio não é meu. Que você prolongue o viver dela, e ela prolongue teu sorriso com a nossa lembrança.

Daniel e Eclesiastes 11:9-10

 "Jovem, alegre-se em sua juventude! Aproveite cada momento. Faça tudo que desejar; não perca nada! Lembre-se, porém, que Deus lhe pedi...