sábado, 19 de dezembro de 2020

João 20:18 - A loucura da fé

Cristo ressuscitou, mas os discípulos ainda não sabiam disso. Maria Madalena havia visitado o sepulcro pela madrugada, encontrando-o aberto. Rapidamente ela sai em busca Pedro e João com uma péssima notícia: levaram o corpo do Senhor Jesus.

Os discípulos rapidamente correm para o sepulcro, encontrando-o vazio. Os lençóis que cobriam o corpo estavam no chão, os que cobriam o rosto estavam dobrados no canto. Vendo o sepulcro vazio, os discípulos creram na notícia de Maria, de que o corpo havia sido levado, e foram embora para suas casas.


Maria, por outro lado, permaneceu junto ao sepulcro. Ela chorava pelo corpo desaparecido do seu Senhor, quando de repente foi abordada por ele. No começo, ela não havia percebido, e acreditava até mesmo na possibilidade de ser o homem que havia levado o corpo embora. Até que Jesus chama a sua atenção.


Então, ele dá a ela uma tarefa: ir até  os discípulos e avisar que ele havia ressuscitado, e que estaria com o Pai. Então ela declara:


Eu vi o Senhor!


Em seguida, narra o encontro e as coisas que Ele havia lhe dito.


Na reflexão de hoje nós falaremos um pouco sobre a loucura da graça. Há momentos em que percebemos que a graça de Deus desafia as nossas expectativas e preconceitos. Cristo havia morrido, e a primeira pessoa para a qual se revelou foi Maria Madalena.


Eis o primeiro preconceito a se considerar: ela era uma mulher. A primeira testemunha da ressurreição de Cristo, que ficou responsável por proclamar que Ele estava vivo era uma mulher! Num período onde mulheres não tinham, participação no diálogo público ou político. Mulheres era submissas aos seus pais ou maridos, e quando eles morriam, tornavam-se extremamente vulneráveis, e dependiam da assistência da comunidade, sob o risco de ingressarem até mesmo na prostituição.


E esse é o segundo preconceito: Maria Madalena não era apenas uma mulher, como também aquela pega em adultério, que quase foi apedrejada em praça pública, momentos antes da sua conversão. Maria Madalena não era bem quista  pelo  povo, e se dependesse dele, já estaria morta há tempos pelo flagrante adultério. Ela não gozava, portanto, nem da  credibilidade dos homens, quanto das mulheres, com exceção daquelas que conheciam seu histórico de conversão e caminhada com Cristo.


Quando eu olho para essa passagem, fico imaginando a incredulidade daqueles que a ouviram dizer que havia visto o Senhor!  Até porque há alguns momentos antes ela havia declarado que seu corpo foi levado! Neste momento, eu começo a pensar sobre a loucura que é a graça de Deus.


Maria Madalena não é o primeiro exemplo da graça abundante e incompreensível do Senhor com a humanidade. Raabe foi uma prostituta que deu abrigo aos espias israelitas em Jericó que recebeu misericórdia da parte do Senhor, e teve sua vida preservada na invasão da cidade, passando a viver com o povo de Deus por toda a sua vida. Ela entrou para o rol da fé em Hebreus 11. Mais ainda! Tornou-se parte da própria genealogia de Jesus, como mãe de Boaz e descendente direta do rei Davi.


Este último também é um exemplo da graça. Homem que empunhava a espada, desobediente em diversos momentos, fez o censo do povo que havia sido proibido. Mais grave ainda, Davi foi adúltero e tomou a esposa do seu soldado para si, inclusive mandando-o para guerra para que morresse e pudesse encobrir seu pecado tomando Bateseba como esposa! Mas dele foi dito que era um homem segundo o coração de Deus. Salomão, seu filho, seria responsável por construir o templo ao Senhor, que até então era adorado no tabernáculo.


Salomão era sábio, e com seu governo Israel teve paz. Mas ele também é um exemplo  da graça. Entregou-se à poligamia e amou mais a suas esposas do que a Deus. Suas mulheres eram idólatras de diversas nações, e seu coração acabou sendo corrompido pela idolatria, e ele passou a seguir Astarote. Ainda assim o arrependimento o alcança, e seu livro de Eclesiastes é a prova das experiências de vida adquiridas.


O ladrão na cruz morreu cristão. O discípulo que negou Jesus foi o primeiro  a pregar após o derramamento do Espírito Santo. Estes e outros exemplos servem para nos mostrar aspectos maravilhosos da graça de Deus e sua aplicação em nossas vidas.


Em primeiro lugar, olhar para a graça na vida do pecador reforça a mensagem da fé:


Para o homem sem Cristo é comum esperar que qualquer boa nova venha de um homem ou mulher virtuosos e bem sucedidos. É comum esperar que eles tenham a vida impecável e idealizada de bons cidadãos e bons familiares. O que vemos na prática é que muitas vezes a mensagem é apresentada por alguém cuja multidão dos pecados exalta a infinitude da misericórdia de Deus.


Nessa hora o Espírito Santo exercita no perdido, ou mesmo em nós, a fé. É preciso ter fé para ouvir uma prostituta dizer que viu o Senhor, ainda mais depois de cidadãos “de respeito” o terem  visto morrer na cruz! É preciso ter fé para crer que um rei adúltero foi um homem segundo o coração de Deus, pois se derramava em busca da sua misericórdia. É preciso ter fé quando vemos alguém cujos pecados nos são conhecidos pregar sobre o amor de Deus e não fechar de cara o seu coração, julgando haver hipocrisia ou algum interesse escuso.


Cristãos são acusados diariamente de hipocrisia, pois pecam, pecam, pecam e depois encontram Jesus. Como se a intenção fosse saborear o máximo os prazeres do mundo antes de pensar em Deus e não poder fazer mais nada. Quem se converte dentro do presídio é acusado de fazer isso pra receber redução de pena e acesso à ala de presídio separada de facção. Homens que eram fraudulentos são acusados de se converter para conseguir vantagens das ovelhas inocentes.


O que as pessoas que fazem essas acusações não entendem, é que quando elas se deparam com o testemunho e a conversão de um pecador conhecido, Deus está convocando-as e desafiando-as a ter fé! A olhar além das expectativas e acreditar! Olhar além do homem e ver Jesus operando na vida dele!


Também pode ser um exercício para a fé de alguns de nós. Há muitos lobos entre nós, e por vezes podemos cair na armadilha de não crer na mudança e conversão das pessoas! Estamos prontos para confiar no arrependimento daqueles que nos feriram? Somos capazes de perdoar aqueles que nos enganaram? Será que não temos fé suficiente para crer que Deus reergue um irmão que caiu? Que ele pode restaurar um casamento ou um cônjuge que nos feriu? Será que nossa fé é tão pequena que não conseguimos ver além das ofensas?


Quando Deus usa homens e mulheres tão escandalosos, trazendo-os para si, Ele está primeiramente lançando um desafio de fé.


Em segundo lugar, tais pecadores evidenciam a misericórdia de Cristo:


Quando testificamos a conversão de homens cuja multidão de pecados causam asco e desprezo, Deus nos dá uma breve demonstração do tamanho da Sua misericórdia. Quando olhamos para Raabe, Maria Madalena, Davi e Salomão vemos homens  com pecados tão absurdos quanto os nossos,  mas que no final receberam bençãos incomparáveis!


Nesse rol, especificamente, todos que foram citados eram descendentes diretos do Senhor Jesus. Maria Madalena, por sua vez, recebeu a importante tarefa de pregar a ressurreição aos homens antes mesmo dos apóstolos! Veja o tamanho das bênçãos e bondade do Senhor, a despeito do tamanho da miséria e passado de cada um!


Tais pecadores convidam você a conhecer a misericórdia de Deus. Veja que o Senhor trata com amor homens e mulheres com pecados  iguais e piores que os seus! Não há qualquer pecado que você tenha cometido e que o Senhor não possa perdoar! Tenha fé em Jesus! O homem que olhava para o publicano  e via mais que um ladrão de impostos; que olhava para adúltera com amor; pra prostituta com carinho. O Jesus que declara em Sua Palavra que pode e tem o poder de te fazer filho de Deus. Receba-o com fé!


Não há pecado tão grande que não possa ser perdoado quando você se coloca aos pés de Jesus. Se Deus pode perdoar estas pessoas que eu falei, Ele com certeza pode te perdoar também!


Por último, como Maria Madalena somos desafiados a declarar todos os dias… Eu vi o Senhor!


O mundo precisa saber quem causou  a mudança  da sua vida! Maria Madalena recebeu a missão de testemunhar as palavras que Jesus lhe disse. Nós, semelhantemente, somos desafiados a proclamar o mesmo evangelho diariamente.


Muitas vezes poderão olhar para nós da mesma forma que possivelmente olharam para ela: com descrença e desprezo. Mas podemos ser consolados na experiência de ter vivido um encontro pessoal e real com o próprio Senhor Jesus. 


Ele nos deu apenas uma missão: ir e pregar o evangelho, fazendo discípulos por todo o mundo. Na sua casa, no seu bairro, na sua cidade e por todo lugar onde a sua voz consiga alcançar pessoas. Corra em direção às ovelhas perdidas e pregue que Cristo morreu e ressuscitou por elas! Pregue com a sua boca, com a sua vida e testifique a misericórdia do Senhor em relação ao pecador.


1º Ouça com fé!

2º Creia em Jesus!

3º Proclame!



Imagem extraída de:


https://blogdorogerinho.wordpress.com/2016/03/11/porque-jesus-apareceu-primeiro-para-madalena/


sábado, 21 de novembro de 2020

João 14:4-6

 E vocês conhecem o caminho para onde eu vou.

Então Tomé disse a Jesus:

- Não sabemos para onde o Senhor vai. Como podemos saber o caminho?

Jesus respondeu:

-Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

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Durante a sua última ceia, Jesus despede Judas e alerta Pedro que o mesmo o negaria. A última ceia não foi apenas o momento final de Jesus, no qual ele desejava confraternizar com seus discípulos antes de morrer. Não foi uma mera despedida com o objetivo de deixá-los com uma lembrança doce dos últimos momentos que caminharam juntos.

Jesus passa a ensinar os seus discípulos, preparando-os para o que estava por vir assim que já não estivesse mais junto deles. Consola-os acerca da descida do Espírito Santo, os alerta acerca das perseguições, da tristeza, mas também fala da alegria quando se reencontrarem novamente. Jesus ora por esses homens e os fornece não apenas uma refeição, mas principalmente um farol de esperança quando a situação deles piorasse.

Entretanto, a principal orientação dada por Cristo é aquela que inicia com o capítulo 14 de João. Jesus informa seus discípulos que deveriam crer nEle e no Seu retorno. Ele declara que os discípulos conheciam o caminho para onde Ele estava indo.

E então  Tomé, um dos discípulos o questiona. De que forma eles poderiam saber o caminho, se eles sequer sabiam para onde Jesus estava indo? Haviam acabado de ser alertados de que Cristo estava se despedindo para junto do Pai, o qual não sabiam onde habitava. Até aquele momento os discípulos não compreendiam que Jesus estava prenunciando Sua morte e ressurreição, e consideravam um local geograficamente localizado.

A resposta de Jesus é a razão de toda a igreja: Ele é o caminho, a verdade e a vida; e ninguém vai ao Pai se não for por Ele.

Essa declaração de Jesus traz alguns aspectos sobre a natureza da Sua obra redentora por nós, e também da Sua própria pessoa.

1º O caminho é a própria pessoa de Jesus, e não apenas as suas ações como homem:

Jesus declara que Ele mesmo é o caminho. Os discípulos caminharam com Cristo, aprendendo diretamente dEle e operando milagres em Seu nome. Quando Jesus diz que eles conheciam o caminho, poderia haver o risco de que compreendessem que o caminho era trilhar a mesma trajetória de obediência, abnegação, amor e martírio. Poderiam confundir a essência do cristianismo como a imitação completa do caminho de Jesus entre os homens, tomando apenas seu exemplo.

Em sentido contrário, Jesus declara que os discípulos conheciam o caminho que ele estava trilhando, pois Ele mesmo era o caminho! A salvação não se dá pelo simples exemplo, e sim pela própria pessoa de Jesus. O caminho não é a repetição  da vida de Jesus entre nós, e sim o próprio homem Jesus. Diferente do que alegam os liberais, Jesus não foi um homem que morreu para deixar um exemplo do potencial humano para o bem, e sim para Ele mesmo salvar pecadores, à despeito de Suas obras pecaminosas.

Isso para nós é extremamente importante, pois leva em conta a diferença entre considerar Jesus um mero exemplo de deveres cristãos e santidade perfeita; do agente efetivo da nossa salvação. Cristo é o caminho, pois ele mesmo é quem executa a obra redentora de forma definitiva em nosso favor. Ele é o caminho, pois a salvação é concedida, a despeito do  histórico de pecados ou capacidade de  ser obediente; bastando  apenas ter fé.

Toda a bíblia apontada para o Messias que tiraria o pecado do mundo; para  o Filho de  Deus que habitaria entre nós. Jesus como um exemplo não bastaria, pois cada um de nós é insuficiente e debilitado demais para apresentar a Deus qualquer oferta digna de aprovação. Imitar Jesus não bastaria, pois em primeiro lugar sequer poderíamos nos apresentar diante de Deus, pois não somos puros e perfeitos o suficiente para isso. O menor dos nossos pecados inviabilizaria a proximidade com o Senhor.

E se pudéssemos alegar que Deus no Antigo Testamento permitia ao Sumo Sacerdote entrar no Santo dos Santos através de um rito específico, tal  argumento não prosperaria, pois tal procedimento apontava para o próprio Jesus, simbolizando aquilo que Ele haveria de fazer por Seu povo, de forma que Cristo continua sendo o caminho, mesmo para aqueles que viveram a esperança do Messias que ainda não havia chegado.

Também podemos considerar que mesmo se pudéssemos nos apresentar diante de Deus, não poderíamos oferecer a Ele nada digno de louvor, também  por causa do pecado. Deus olha para as nossas obras "aprazíveis", morais e corretas, e vê nelas o pecado. Todas as boas obras dos homens sem o louvor e glória a Jesus são trapo de imundícia.

A finalidade de todo homem é glorificar a Deus, e tudo aquilo que é feito fora deste propósito é pecaminoso e impuro. Podemos ser ótimos cidadãos por diversas razões diferentes. Alguns homens podem temer o Estado, outros obter vantagens pessoais, construir um legado, ser engrandecido, sentir prazer, etc. 

Uma boa obra aos olhos de Deus necessita ser livre da influência do pecado.

E aqui novamente Jesus é o caminho. O pecado precisa ser pago, para que o homem seja reabilitado no seu relacionamento com Deus, assim como a justiça imputa que os crimes sejam pagos. Em um sistema penal, a pena é proporcional a diversos fatores como a extensão do dano e grau de culpabilidade do seu agente. Se analisarmos, em termos jurídicos apenas estes dois, fica demonstrada a incapacidade do homem se reabilitar por suas próprias forças.

No tocante a extensão do dano, consideramos o bem jurídico a ser preservado: a glória de Deus. Deus é eternamente glorioso, infinitamente digno de louvor! Por toda a eternidade Ele É. Santo dos Santos, Senhor dos Senhores, Pai da Eternidade. Ele é Perfeito! Eterno! Portanto, a glória de Deus, se considerada como um bem jurídico, é irreparável insubstituível e incompensável para os homens, pois demandariam capacidade infinita de uma criatura que já nasce limitada em suas capacidades.

Jesus, por outro lado, sendo o próprio Deus, possui a capacidade de pagar o preço  justo pelos nossos pecados. Pois Ele é Santo para se apresentar diante do Pai, e perfeito para pagar o preço  dos nossos pecados. Como homem, Ele viveu a vida de total obediência e louvor que nós somos incapazes de viver.

No que diz respeito à culpabilidade do agente, é preciso esclarecer que os homens pecaram contra Deus, então a humanidade precisaria pagar o preço. Não poderíamos ser substituídos por um anjo na quitação do pecado. Mas como já falamos, seria impossível para nós fazer isso. Jesus, por outro lado, sendo homem, é o único que poderia nos substituir na condenação, trocando de lugar conosco: os seus méritos são transferidos para nós, e nossa culpa é transferida para Ele.

Conclusão

Precisamos ter os olhos em Jesus Cristo, pois Ele é o caminho exclusivo para a nossa salvação. Qualquer proposta diferente disso é ilusão e pecado. É negligência e perigo de não levar em consideração a necessidade da encarnação e redenção de Jesus.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

João 1:6-9

              


Esta perícope inicia com o relato acerca da existência de João Batista, primo de Jesus. A Palavra nos ensina que João desde o ventre era cheio do Espírito Santo, conforme Lucas 1:15; e que foi o último profeta a anunciar o Messias, conforme Lucas 16:16. Há uma Tanto a característica de ser cheio do Espírito Santo quanto o fato de ser o último profeta a anunciar Cristo são complementares, e isso fica claro na primeira sentença de Lucas 1:6.

João foi enviado por Deus com a missão de preparar o caminho para a chegada de Jesus e seu ministério da graça. Ele deveria exortar o povo ao arrependimento e à necessidade de aguardar o retorno do Salvador, não justificados pela Lei, e sim por Deus! Neste sentido, ele exorta os fariseus a produzirem frutos de arrependimento, conforme Mateus 3:7-10. Através da pregação de João as pessoas deveriam conhecer Jesus, para que pudessem vir a crer.


E aqui iniciamos nossa primeira reflexão: Há um objetivo excelente na nossa vida cristã, que é testificar acerca de Cristo e Sua salvação. Não se trata apenas de ter uma vida excelente e tranquila, ou mesmo deixar de temer as incertezas do futuro ou mesmo da continuidade da nossa existência após a morte biológica. 


Como cristãos precisamos ser testemunhas de Cristo. E a excelência desse testemunho é a conjunção da mensagem apostólica e infalível com a nossa vida cotidiana e irrepreensível. O testemunho de Cristo diz respeito tanto ao que foi revelado aos homens na Palavra como também ao fruto do Espírito que testifica a transformação do velho homem em cristão!


O texto também nos traz a grande responsabilidade inerente a este testemunho: pessoas devem vir a crer em Jesus através da mensagem que pregamos. A benção de sermos filhos de Deus implica necessariamente na responsabilidade de levar o evangelho àqueles que estão perdidos da forma que você também esteve um dia. Trabalhando no campo das conjecturas, se o instrumento de Deus (caso tenha sido uma pessoa) para sua conversão tivesse decidido não pregar naquele dia, ou mesmo considerar a hipótese de viver o evangelho como uma filosofia pessoal de busca por moralidade, em tese, você jamais teria sido livrado da condenação eterna.


Hoje, da mesma forma, haverá momentos em que pessoas tomarão conhecimento da existência de Jesus através da sua pregação! Cristãos são retirados das trevas para tirar outros perdidos de lá também, conforme Mateus 16:15.


Essa ideia é reforçada pelos versículos seguintes, onde é ressaltado que João não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O que a Palavra ressalta nesse versículo é simplesmente o segundo ponto da nossa reflexão: o homem não o centro da obra da salvação, muito menos da sua existência.


João, com todas as suas excelências, não era mais do que o profeta responsável por testemunhar acerca de Cristo. Seus eventuais dons, talentos, sua santidade e virtudes não era o foco da sua vida e daquilo que as pessoas deveriam procurar nele! João era o instrumento para que as excelências de Cristo fossem conhecidas pelos homens.


Nós, da mesma forma, não somos o foco da mensagem bíblica. Nosso bem estar e auto satisfação não são o centro da vida ou do coração de Jesus (conforme alguns dizem por aí…). Aliás, é possível que tenhamos uma vida tão desconfortável, do ponto de vista material, quanto tínhamos antes. Na verdade, a tendência é que as nossas aflições aumentem diante da insatisfação pessoal com o pecado, a constatação da depravação e todos os tipos de perseguição que nos aguardam.


Cristo é a pessoa que deve ser exaltada nas nossas palavras e  atitudes, pois conforme conclui o apóstolo, é Ele a verdadeira luz que ilumina toda a humanidade. A vida, morte e ressurreição de Cristo foi o evento mais poderoso de todo o universo. Ele trouxe luz para toda a humanidade, e isso não é difícil de constatar. 


Basta pensar na quantidade de pessoas retiradas de todas as formas de trevas possíveis, fossem elas morais, sociais, espirituais ou mesmo intelectuais. Quantas pessoas encontraram redenção para uma vida de culpas? Quantos hoje conseguem dormir a noite sem o fardo das decisões tomadas no passado? Quantas pessoas buscavam um recomeço, e o encontraram em Jesus?


Quantas pessoas foram tiradas do analfabetismo com o intuito de ler a bíblia? Quantas pessoas solitárias ou abandonadas afetivamente encontraram em Cristo a família que lhes foi privada? Quantas pessoas abandonaram os seus vícios? 


Cristo é a luz que ilumina toda a humanidade, pois não apenas é a esperança de redenção, como a Sua igreja espalhada por todo o mundo significa o presença do Reino entre todos os povos e nações onde haja ao menos um cristão. Amigos que amparam nas crises; funcionários públicos agindo com sabedoria e misericórdia dentro das mais diversas esferas do Estado; comerciantes que oferecem produtos de qualidade com preços justos.


Quando cada cristão diariamente vive imitando Cristo o mundo é iluminado, o Reino se faz presente e a salvação se faz possível! Que a cada dia possamos viver a nossa grande missão de pregar integralmente, trazendo graça ao mundo. 


terça-feira, 9 de junho de 2020

Ko Thah Byu - O Apóstolo dos Karen





Introdução

Na última aula ministrada na disciplina de História das Missões estudamos sobre a história do missionário Adoniram Judson, e nos deparamos com o seguinte questionamento: Adoniram aparentemente não obteve êxito na sua função de missionário, pois só depois de 6 anos conseguiu batizar seu primeiro convertido.

O que nos deixou intrigado, é que o missionário estava enfadado com o seu ministério. Ele se punha a pregar na praça para birmaneses budistas sem muito êxito, entretanto, em 1.831 ele percebeu que um grande avivamento havia começado!

Adoniram Judson decidiu dedicar-se à tradução da bíblia para o birmanês, sem saber que esta seria a base para este grande movimento de Deus. Aliás, um movimento que começou centenas de anos antes, gerações e gerações antes da chegada do missionário.

O Deus do livro perdido

O avivamento da Birmânia é a prova definitiva da misericórdia de Deus e da sua busca pelos seus filhos. Nos deparamos com dez povos diferentes numa região do sudeste da Ásia que partilhavam a fé num Deus Todo-Poderoso, cujos ensinos foram perdidos por seus ancestrais.

A tribo Karen, por exemplo, acreditavam que um dia o “irmão branco” levaria de volta pra eles o livro de Y’wa, perdido por seus ancestrais em tempos remotos. Em mais de mil aldeias karen da Birmãnia, Bukhos (um tipo de mestre, profetas de Y’wa) mantinham os karen conscientes dos caminhos de Y’wa, para o qual precisavam voltar seus olhos.

Já os kachin criam em Karai Kasang, um ser sobrenatural e benigno que excede a compreensão do homem. Esse grande Ser também era denominado Hpan Wa Ningsang – O Glorioso que Cria, e Che Wa Ningchang – Aquele que sabe.

Os lahu mantiveram a tradição de que Gui’Sha – Criador de Todas as Coisas – dera a lei aos seus ancentras em bolos de arroz, que durante um período de grande forme foram consumidos. Assim, afirmavam que a sua lei estaria no seu interior.

O povo wa tinha profetas que surgiam de tempos em tempos, em nome de Siyeh, exortando o povo a abandonar práticas que afrontavam o Deus verdadeiro. As tribos shan e palaung esperavam o cumprimento das profecias de Are-Metaya, o Senhor da Misericórdia.

Os kui esperavam o dia em que um mensageiro de Deus chegaria com o livro perdido, e da mesma forma, o povo lisu também aguardava. As tribos naga aguardavam que Gwang o Deus que tudo sustenta, traria novamente as palavras que deu ao Seu povo em peles de animais, que por não terem sido bem cuidadas, foram devoradas por cães.

Por fim, os mizo da Índia acreditavam em Pathian – que significa Pai Santo – era o Criador de todas as coisas, o Bondoso que deu seu livro aos ancestrais do povo, que infelizmente o perderam. Esse é o contexto que Adoniram Judson e os demais missionários da Birmânia encontraram na sua vida.

Entretanto, pode-se dizer que Judson preparou o caminho para o grande missionário que iniciou o seu trabalho junto da tribo karen, e logo eclodiu por todas as demais tribos que aguardavam sedentas pelo “irmão branco” portador do livro. Seu nome é Ko Thah Byu.

Ko Thah Byu – O apóstolo dos karen

            Podemos concluir que o grande avivamento da Birmânia começou com a obra de tradução da bíblia por Adoniram Judson, mas o missionário responsável pelo boom evangelístico foi Ko Thah Byu, um membro da tribo karen,violento, cruel, e que teria matado mais de 30 homens antes da sua conversão. Em razão dos seus crimes, Ko Thah Byu foi preso pelo governo de Burman e vendido como escravo, tendo sido comprado e liberto por Adoniran Judson.

            Ko Thah começou a trabalhar para Judson, e aos poucos foi aprendendo acerca do evangelho de Jesus Cristo. Começou a questionar sobre os missionários brancos e o livro que traziam do Ocidente, até que foi iluminado pelo Espírito Santo, e toda a sua tradição karen passou a fazer sentido na sua experiência de conversão.

            Um casal de missionários chegou a Rangum para ajudar Adoniram. George e Sarah Boardman iniciaram uma escola para os convertidos analfabetos, e imediatamente Ko Thah Byu se matriculou, pois estava decidido a aprender a ler a bíblia birmanesa. Ciente de que era o primeiro karen a ter conhecimento da chegada do “irmão branco” com a Palavra, assumiu a responsabilidade de proclamar as boas-novas para o seu povo.

George e Sarah Boardman tinham planos para iniciar uma nova missão na cidade de Tavoy, no sul da Birmânia, ao que Ko Thah Byu se voluntariou para ir junto. Chegando ao destino, pediu que fosse batizado por George, e após o sacramento partiu imediatamente para as montanhas ao sul, pregando a Palavra em cada tribo karen que encontrava.

Ko Thah Byu enfrentou os perigos da selva e assassinos pelo caminho, e, em pouco tempo, centenas de ouvintes começaram a aparecer em Tavoy para ver o “irmão branco”. Boardman começou a receber dezenas de convites para visitar as aldeias que aguardavam a sua chegada, para completar o ministério de Ko Thah Byu e levar os ensinamentos de Y’wa, aguardado por gerações.

Uma dessas tribos guardava um exemplar dos salmos e hinos, dado por um muçulmano que a visitou, sem ensiná-lo ou traduzi-lo ao povo. Este exemplar era cultuado liturgicamente, até que Boardman ensinou o verdadeiro evangelho, e a forma de usar aquela Palavra.

Muitos karen das tribos mais distantes vinham diariamente conhecer o mestre branco e ouvir as verdades que ensinava. Sarah Boardman relatou em seus diários que Ko Thah Byu passava dias e noites lendo e explicando a Palavra para as aldeias que encontrava.

O ministério do apóstolo dos karen deu origem à um movimento missionário dentro das tribos. Na mesma medida em que iam sendo batizados, saiam a ensinar a verdade aprendida, conforme Jonathan Wade pode testemunhar a  320km ao norte de Tavoy. Esses missionários se deslocaram 420km a noroeste, de forma que quando os missionários americanos chegaram a Bassein, encontraram 5.000 karens convertidos e prontos para o batismo!

Ko Thah Byu deixou Tavoy e se dirigiu para região central da Birmânia. Por quase não descansar, e em razão das dificuldades da sua empreitada, assim como Judson, o apóstolo dos karen morreu em poucos anos de tanto trabalhar.

Ko Thah Byu morreu de tuberculose, em 09 de setembro de 1840, e no final da sua correira missionária era carregado no leito de vila para vila, pregando a Palavra até o fim da vida. Sua história chega até nós através da biografia escrita por Francis Mason.

Os frutos do ministério de Ko Thah Byu

A morte do grande missionário karen não pôs fim ao avivamento. Os karen haviam recuperado o livro perdido, e agora estavam cientes que os outros povos precisavam receber as boas-novas também. Assim, aquelas tribos isoladas e menosprezadas pelo povo da Birmânia deu início às missões transculturais entre as outras nove tribos.

Ainda que fossem consideradas intelectualmente inferiores pelos povos de tradição budista e taoísta, a Palavra foi compreendida por eles, que era tão numerosos que alcançavam a marca de centenas de milhares de pessoas espalhadas pelas selvas da Ásia menor.

Assim, em 1858 os karen pregaram para os kachin acerca da chegada do livro perdido de Karai-Kasang, de forma que nos anos 90 haviam cerca de 250.000 membros do povo kachin convertidos.

Em 1890, Willian Marcus Young pregou para os lahu e para os ha acerca da Palavra de Gwi’sha. Seus filhos, Harold e Vincent atuaram como professores de escola bíblica, e este último foi responsável pela primeira tradução do Novo Testamento para as línguas lahu e wa.

Conclusão

O cenário e contexto, bem como o trabalho de Ko Thah Byu traz diversas reflexões. Em primeiro lugar, a eficácia da missão não se mede por números, mas por fidelidade à Palavra e vontade de Deus. Adoniram Judson poderia ser considerado fracassado por qualquer cristão com uma visão triunfalista do evangelho. Entretanto, vemos que cabia a ele a tradução da bíblia para o birmanês, a fim de que um dos poucos convertidos do seu ministério pudesse atuar.

Também resta evidente que a missão é da igreja, não do missionário. O que começou com Adoniram ganhou força quando cada cristão assumiu a sua tarefa. Judson traduziu a bíblia, o casal Boardman preparou o obreiro e ensinou os novos convertidos, e Ko Thah Byu foi de cidade em cidade pregando-a para todas as tribos karen.

O mais importante! É Deus quem manda o missionário; é Deus quem prepara o caminho! Judson, os Boardman e demais missionários birmaneses encontraram corações preparados para receber a mensagem do evangelho de Cristo! O mesmo Deus que os enviou, suplantou a fé no coração dos ancentrais daquela tribo, para aguardarem da redenção do seu povo!

Ademais, o evangelho eleva o homem das trevas e da ignorância. As tribos karen eram nômades, isoladas pelas selvas, e após o contato com Cristo, foram alfabetizadas pelos missionários a fim de poderem ler a Palavra. Um povo inculto e nômade, em 1995, haviam fundado uma escola para seus filhos, como a Nichols' Sgaw Karen High School, em Bassein, com aproximadamente 1.400 alunos, cujo diretor e professores não eram missionários estrangeiros, mas cristãos karen. Há outras escolas em Henzada, Tharrawaddy, Toungoo, Moulmein e Rangum.

Por fim, é belo admirar a obra redentora de Cristo na vida de um homem. Ko Thah Byu, assim como Paulo, foi um homicida, um assassino que no tempo certo foi encontrado por Cristo e conheceu a graça de Deus. Não há extensão de pecado maior do que a abundância da misericórdia de Deus e do seu amor para/com os Seus filhos!

Que Deus seja louvado neste trabalho.
Pedro Silva Drumond.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Richardson, Don. O fator Melquisedeque: o testemunho de Deus nas culturas por todo o mundo/ Don Richarson ; tradução Neide Siqueira. – 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.

Ko Tha Byu Leads “Stupid Wild Buffalos” to Enlightenment (Ko Tha Byu lidera “búfalos selvagens e estúpidos” para Iluminação), disponível em:

Elder Tha Byu, illiterate but effective evangelist  (Ancião Tha Byu, evangelista iletrado, mas eficaz), disponível em:

Ko Thah Byu: Murderer and Apostle to the Karen (Ko Thah Byu: Assassino e Apóstolo de Karen), disponível em:

Burma and the Karens (Burma e os Karens), disponível em:




segunda-feira, 1 de junho de 2020

Como assim o Filho estava presente no Antigo Testamento?




Algumas pessoas recaem no erro de acreditar que Jesus Cristo, o Filho, só nos é apresentado no Novo Testamento. Lembro-me de um texto do Gregório Duduvier que reflete exatamente esse desconhecimento, chamado “Querido pastor”.

A carta fictícia de Jesus para um pastor afirmava “Caso queira me conhecer mais, saiu uma biografia bem bacana a meu respeito. Chama-se Bíblia. Já está à venda nas melhores casas do ramo. Sei que você não gosta muito de ler, então pode pular todo o Velho Testamento. Só apareço na segunda temporada”.

Não espero muito do referido autor, pois não se trata de um teólogo com base bíblico-teológica cristã. Mas ele reflete bem o meu ponto: restringimos a ação de Jesus ao Novo Testamento, mais especificamente à obra da salvação.

Entretanto, a teologia nos ensina a Triunidade de Deus, de forma que não há como desassociar o Filho do Pai e do Espírito Santo, como se em algum momento Ele não tivesse existido, ou que seu papel se resumisse à morte e ressurreição. O próprio Novo Testamento nos ensina que Jesus estava presente na Criação. Todas as coisas foram feitas por Jesus, o Verbo, e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1:1-4).

Avançando um pouco na criação, vemos então a Queda do homem. O casal no Éden toma do fruto proibido pelo Senhor, recaindo sobre eles e toda a criação a maldição do pecado, da morte física e espiritual. Também é apresentada a esperança: seria posta a inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. Esta morderia o calcanhar, enquanto  aquela lhe feriria a cabeça (Gênesis 3:15). É o protoevangelho apresentando o Filho como aquele que restauraria a comunhão do homem em razão da Queda.

Sem entrar em detalhes, também podemos citar as diversas teofanias, nas quais o Anjo do Senhor aparece para homens na história do Antigo Testamento. Esse termo, na verdade, não diz respeito a um anjo comum, mas ao próprio Jesus Cristo! Deus, quando se apresentava visivelmente, o fazia através da imagem do Filho!

Mas... Sim! É importante falarmos do plano da salvação que nos é apresentado no Novo Testamento! Paulo sintetiza a obra salvífica do Filho em Romanos 3:23-24, nos apresentando o Seu plano de Redenção. Na medida em que todos pecaram e não podem justificar a si mesmos diante de Deus, Jesus graciosamente nos redimiu, tornando-se maldição em nosso lugar (Gálatas 3:13) e levando sobre Si nossas dores e maldições (Isaías 53:4-6). Jesus Cristo pagou o preço por nossos pecados.

Portanto, nossa relação com Deus está restaurada. O véu que separava o homem de Deus foi rasgado, no Seu sangue Jesus efetuou a eterna redenção! (Hebreus 9:11). Quando cremos em Cristo somos feitos nova criação, sem a escravidão do pecado, restaurados à comunhão com Deus, mediante a fé em Cristo (II Coríntios 5:17). Que possamos descansar a cada dia na realidade de sermos portadores de uma liberdade, paz e vida que jamais mereceremos!

Pensando um pouco em Jesus no Antigo Testamento....


“Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Isaías 7:14)



O profeta Isaías havia profetizado ao Rei Acaz: um sinal seria dado pelo Senhor, diante da incredulidade de Judá e do temor aos Reinos da Síria e Rezim (Isaías 7:4).  Acaz se recusou a pedir qualquer sinal ao Senhor, para que não fosse considerado ainda mais culpado diante dEle por sua incredulidade. Deus decide então enviar o Seu Filho como sinal de juízo para os incrédulos, e esperança para o remanescente fiel.

Embora o evidente cumprimento da profecia tenha ocorrido em Jesus, sabemos que Isaías morreu centenas de anos, de forma que não a veria se concluir, o que poderia colocar em cheque a sua qualidade de profeta. Portanto, é aceitável crermos que o cumprimento temporal da profecia se deu com o nascimento de Rápido-Despojo-Presa-Segura (Isaías 8), o filho do profeta, e que a virgem denotava uma mulher com a qual estava comprometido a se casar.

O nome determinado pelo Senhor profetizava que Deus traria julgamento sobre a Síria, Israel e Judá, a qual seria devastada pelos assírios, que fariam isso como se fossem águas fortes e impetuosas (Isaías 8:7-8). Ainda que Judá tenha sido devastada, Deus a preservou da total aniquilação, confortando o seu povo para que guardasse nEle a sua esperança.

Portanto, Rápido-Despojo-Presa-Segura e sua mãe seriam pré-figurações de Jesus e Maria. O nascimento dessa criança, assim como o de Jesus, era o sinal da redenção do povo de Deus e julgamento contra a descrença.

Sabemos que a consumação desta promessa ocorreu em Mateus 1:18-25, quando a virgem Maria dá à luz ao menino Jesus, o Cristo, o Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Em Jesus a nossa esperança se consuma, a salvação nos é concedida, o juízo é remido na cruz. É o retorno de Cristo que irá exaurir a esperança daqueles que ainda vivem, transformando-a no louvor eterno; é o Seu retorno que marcará o juízo eterno sob a Ira de Deus para aqueles que se mantiveram incrédulos.  

Deus seja louvado por nós, Ele é fiel.

terça-feira, 12 de maio de 2020

ALGUMAS ATITUDES HISTÓRICAS DE PSEUDO-INTELECTUAIS:

1 - Citar Dostoiévski em aula de Direito/Teologia/Filosofia sem ter lido ao menos uma obra, porque cita o trecho de um livro falando que é de outro.
2 - Dizer que criou uma tese e depois de ter a linha de argumentação questionada ou refutada, tentar arrematar a discussão dizendo que é a posição de fulano de tal.
Uai... A tese não era tua?
3 - Tentar apresentar qualquer argumento ou tese diferente da corrente majoritária de qualquer doutrina só pra mostrar que estudou a matéria. Isso também vale para perguntas que a resposta é a própria pergunta.
Às vezes o cara encontra uma proto-doutrina num TCC de um aluno no interior do Acre, e é suficiente pra parar uma aula ou debate e questionar o que é consenso!
4 - Tem uma na teologia que é top! É o cara que acha que depois de quase 2020 anos de história da igreja, fez uma descoberta teológica diferente do que todos os teólogos foram iluminados!
Quando não é herege é reciclador de movimento teológico.
5 - Pseudo-Intelectual gosta de criticar a cultura em geral. Acha que pra ser intelectual e ter cultura é preciso ouvir música clássica e ler literatura do século XVI a XIX enquanto toma café (e tira foto).
Ops... Olha o esteriótipo!
6 - O Pseudo-Intelectual é um cara saudosista! Não sabe reconhecer o valor da literatura atual e a diferença de interesse das gerações.
7 - Por causa disso, tende a lamentar não ter nascido no século XVI, onde acredita que teria sido um cavaleiro honrado, quando na verdade a grande possibilidade é que tivesse crescido analfabeto e/ou morrido de peste.
8 - Já vi gente escrever textão em rede social alegando que não estava replicando informação, mas apresentando o resultado de um acurado estudo, e quando questionado sobre AS FONTES da informação, o cara tinha lido SÓ UM livro ou artigo do assunto!
9 - Pra fechar... É o cara que geralmente vê conspirações políticas e científicas em tudo!

Daniel e Eclesiastes 11:9-10

 "Jovem, alegre-se em sua juventude! Aproveite cada momento. Faça tudo que desejar; não perca nada! Lembre-se, porém, que Deus lhe pedi...