terça-feira, 18 de agosto de 2020

João 1:6-9

              


Esta perícope inicia com o relato acerca da existência de João Batista, primo de Jesus. A Palavra nos ensina que João desde o ventre era cheio do Espírito Santo, conforme Lucas 1:15; e que foi o último profeta a anunciar o Messias, conforme Lucas 16:16. Há uma Tanto a característica de ser cheio do Espírito Santo quanto o fato de ser o último profeta a anunciar Cristo são complementares, e isso fica claro na primeira sentença de Lucas 1:6.

João foi enviado por Deus com a missão de preparar o caminho para a chegada de Jesus e seu ministério da graça. Ele deveria exortar o povo ao arrependimento e à necessidade de aguardar o retorno do Salvador, não justificados pela Lei, e sim por Deus! Neste sentido, ele exorta os fariseus a produzirem frutos de arrependimento, conforme Mateus 3:7-10. Através da pregação de João as pessoas deveriam conhecer Jesus, para que pudessem vir a crer.


E aqui iniciamos nossa primeira reflexão: Há um objetivo excelente na nossa vida cristã, que é testificar acerca de Cristo e Sua salvação. Não se trata apenas de ter uma vida excelente e tranquila, ou mesmo deixar de temer as incertezas do futuro ou mesmo da continuidade da nossa existência após a morte biológica. 


Como cristãos precisamos ser testemunhas de Cristo. E a excelência desse testemunho é a conjunção da mensagem apostólica e infalível com a nossa vida cotidiana e irrepreensível. O testemunho de Cristo diz respeito tanto ao que foi revelado aos homens na Palavra como também ao fruto do Espírito que testifica a transformação do velho homem em cristão!


O texto também nos traz a grande responsabilidade inerente a este testemunho: pessoas devem vir a crer em Jesus através da mensagem que pregamos. A benção de sermos filhos de Deus implica necessariamente na responsabilidade de levar o evangelho àqueles que estão perdidos da forma que você também esteve um dia. Trabalhando no campo das conjecturas, se o instrumento de Deus (caso tenha sido uma pessoa) para sua conversão tivesse decidido não pregar naquele dia, ou mesmo considerar a hipótese de viver o evangelho como uma filosofia pessoal de busca por moralidade, em tese, você jamais teria sido livrado da condenação eterna.


Hoje, da mesma forma, haverá momentos em que pessoas tomarão conhecimento da existência de Jesus através da sua pregação! Cristãos são retirados das trevas para tirar outros perdidos de lá também, conforme Mateus 16:15.


Essa ideia é reforçada pelos versículos seguintes, onde é ressaltado que João não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O que a Palavra ressalta nesse versículo é simplesmente o segundo ponto da nossa reflexão: o homem não o centro da obra da salvação, muito menos da sua existência.


João, com todas as suas excelências, não era mais do que o profeta responsável por testemunhar acerca de Cristo. Seus eventuais dons, talentos, sua santidade e virtudes não era o foco da sua vida e daquilo que as pessoas deveriam procurar nele! João era o instrumento para que as excelências de Cristo fossem conhecidas pelos homens.


Nós, da mesma forma, não somos o foco da mensagem bíblica. Nosso bem estar e auto satisfação não são o centro da vida ou do coração de Jesus (conforme alguns dizem por aí…). Aliás, é possível que tenhamos uma vida tão desconfortável, do ponto de vista material, quanto tínhamos antes. Na verdade, a tendência é que as nossas aflições aumentem diante da insatisfação pessoal com o pecado, a constatação da depravação e todos os tipos de perseguição que nos aguardam.


Cristo é a pessoa que deve ser exaltada nas nossas palavras e  atitudes, pois conforme conclui o apóstolo, é Ele a verdadeira luz que ilumina toda a humanidade. A vida, morte e ressurreição de Cristo foi o evento mais poderoso de todo o universo. Ele trouxe luz para toda a humanidade, e isso não é difícil de constatar. 


Basta pensar na quantidade de pessoas retiradas de todas as formas de trevas possíveis, fossem elas morais, sociais, espirituais ou mesmo intelectuais. Quantas pessoas encontraram redenção para uma vida de culpas? Quantos hoje conseguem dormir a noite sem o fardo das decisões tomadas no passado? Quantas pessoas buscavam um recomeço, e o encontraram em Jesus?


Quantas pessoas foram tiradas do analfabetismo com o intuito de ler a bíblia? Quantas pessoas solitárias ou abandonadas afetivamente encontraram em Cristo a família que lhes foi privada? Quantas pessoas abandonaram os seus vícios? 


Cristo é a luz que ilumina toda a humanidade, pois não apenas é a esperança de redenção, como a Sua igreja espalhada por todo o mundo significa o presença do Reino entre todos os povos e nações onde haja ao menos um cristão. Amigos que amparam nas crises; funcionários públicos agindo com sabedoria e misericórdia dentro das mais diversas esferas do Estado; comerciantes que oferecem produtos de qualidade com preços justos.


Quando cada cristão diariamente vive imitando Cristo o mundo é iluminado, o Reino se faz presente e a salvação se faz possível! Que a cada dia possamos viver a nossa grande missão de pregar integralmente, trazendo graça ao mundo. 


Daniel e Eclesiastes 11:9-10

 "Jovem, alegre-se em sua juventude! Aproveite cada momento. Faça tudo que desejar; não perca nada! Lembre-se, porém, que Deus lhe pedi...