quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A Ação como um risco para Comunhão:

Estava assistindo um sermão de John Owen denominado "Tentação", no qual uma ponderação valiosa foi realizada: Quando o excesso de ação se torna um risco para oração.
Uma ponderação realizada no século XVI, mas que consegui imaginar sendo pregada em nossos púlpitos, para nossos jovens, principalmente, bem como para os que foram regenerados recentemente, e estão sedentos por obras de gratidão ao Senhor!
Será possível que as obras em nome de Deus sejam um risco para nossa comunhão com ele?
Para isso devemos considerar o conceito de tentação, e a relação íntima que esta mantém com o pecado. A tentação é a influência externa que abraça a nossa inclinação para o mal, com a finalidade de abater nossa alma, abrindo porta para o pecado.
Satanás tenta nos atrair para si, fazendo uso dos nossos desejos e emoções, e da nossa pré-disposição ao engano, turvando a nossa visão da realidade de quem somos, o que efetivamente necessitamos e o que estamos fazendo!
Logo, a menos que estejamos vivendo uma vida de sincera comunhão com Cristo, seguindo a risca a premissa de vigiar e orar, o próprio desejo das obras do Reino, movido pelo sentimento de gratidão à Cristo poderá ser uma arma nas mãos de Satanás.
Não sejamos ingênuos... Nem sempre o pecado e a queda virão com um letreiro luminoso escrito "PECADO". As vezes o pecado está na nossa porta, tão disfarçado, atraente e maquiado, como um tímido que possui um coração devasso. De repente a tentação e o pecado aparecem como uma pessoa em situação de rua pedindo auxílio... Ajudamos a referida pessoa e logo depois a nossa boa obra vai parar em alguma das nossas redes sociais.
Espere... Tanto a tentação quanto o pecado estão consumados nesse momento: a tentação disfarçada de vontade de motivar os outros a ter a mesma atitude caridosa; o pecado, quando não só sua mão direita, como também todos os seus amigos virtuais souberam o que você fez (Mt 6:3-4).
Viu como a tentação pode vir camuflada em sentimentos e ações nobres? E é neste ponto que as ações do Reino se tornam um risco para nossa vida de oração, nossa comunhão com Cristo e nossa santidade!
Assumimos tantas responsabilidades, planejamos tantas coisas, puxamos para nós mesmos as ações, crendo que ao fazer isso estamos desfrutando de uma comunhão colossal!
Talvez sim! Talvez tenhamos diversas tarefas, mas temos tempo, capacidade e responsabilidade para cumprir todas elas!
Mas talvez o pragmatismo (um risco das nossas igrejas), ou a vontade de ação, mesmo que por gratidão e amor sejam uma caminhada alegre em direção ao rompimento da comunhão com o Deus em nome do qual você diz agir!
Onde está o teu tempo de vigiar, quando você está correndo de uma programação a caminho de outra? Onde você ora em secreto, se está a todo tempo trabalhando, ou cansado demais no fim do dia? Realmente acredita que uma oração gentílica na iminência do sono é mais que uma vã repetição?
É sobre isso que me proponho a falar! Sobre estarmos tão preocupados em falar em nome de Deus, que deixamos de nos preocupar em falar com Deus! Quando Satanás faz uso da nossa boa intenção de agir pra nos afastar da comunhão com Deus, mediante uma vida sem oração!
Quando assumir uma responsabilidade, pondere: Se eu topar isso, haverá prejuízo na minha vida com Cristo? Eu terei menos tempo para orar? Terei tempo hábil para preparar um sermão ou ensaiar meus louvores? Nessa hora o razoável não pode ser um padrão. Você tem que estar seguro que poderá dar o seu melhor em tudo que já está fazendo antes de assumir uma nova responsabilidade.
Razoável, aceitável, bom... Nada disso se aplica quando diz respeito a nossa vida com Cristo. Tem que ser o melhor! E mais! Não assuma responsabilidades, se elas te afastarem da comunhão e afinidade com o Senhor e Sua Palavra!
Irmãos... Tomem cuidado quando o pecado vem disfarçado de boa obra, e de obra pro Reino.
Nadabe e Abiú não tiveram esse cuidado, e ofereceram fogo estranho ao Senhor (Lv 10:1-2),
Uzá tinha boa intenção e amor quando foi morto por tocar a Arca da Aliança (2 Samuel 6:1-9), mas não deveria fazê-lo, pois era proibido (Nm 4:6,15). A tentação veio como a boa vontade de evitar a queda da Arca, mas a morte pelo pecado de tocá-la!
O povo judeu teve a Lei, mas não teve a fé e comunhão com o Filho! (João 1:11)
Não deixem que suas ações, por melhores que sejam as intenções, te afastem da comunhão com Deus!

Fragmento de Crônica - Rua da Quitanda

Todos os dias eu caminho na Rua da Quitanda. 

Aquela rua que as vezes sufoca de tão apertada;
que a calçada vira rua, rua vira calçada;
Onde preocupado com a vida, não reparo em mais nada;
exceto naquele prédio com uma porta de cofre no hall da entrada.

Rua de paralelepípedo irregular. De gente caindo, tamanco quebrando, gente descalça dando topada.
Pobres meninos...
Sem chinelos e sem infância.
Pobres tamancos...
Braços esguios tentando sustentar o peso de querer se estar mais próximo do céu.

Rua cinza, opaca, úmida e molhada;
que faz esquina com a Rua da Assembleia;
vizinha da Rua do Carmo,
aquela que é lar de muita gente sem lar.
Aquela rua que tem mais engraxate do que sapatos.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Após um bom tempo afastado...

Boa tarde, gente....

Após um bom tempo afastado, resolvi voltar a postar. Tenho dessas fases na qual a gente não tem nem vontade de produzir nada, e nem de compartilhar. Acho que todos sabemos que a vida tem esses momentos de silêncio, onde a gente não quer produzir nada.

Nos últimos meses minha conta da NetFlix finalmente teve alguma utilidade, e pela primeira vez na vida consegui assistir uma série até o final.

Bem...

Estou retornando com algumas ideias novas. Talvez meus textos oscilem nos temas, e vocês conheçam assuntos de interesse que eu nunca expus a ninguém.

Também pretendo escrever algumas crônicas, algo mais atrativo pra quem procura um Blog hoje. Nem todo mundo gosta de poemas, poesia e afins. E eu tenho muito a dizer, e quero ser ouvido.

Então espero que gostem do que vem por aí!

Daniel e Eclesiastes 11:9-10

 "Jovem, alegre-se em sua juventude! Aproveite cada momento. Faça tudo que desejar; não perca nada! Lembre-se, porém, que Deus lhe pedi...