terça-feira, 6 de março de 2018

Palavras vazias

O que são minhas palavras, sem você para dar sentido pra elas? O que é amor, sem alguém para amar? As palavras não deixam de ter seus significados, mas sem uma realidade, nada tem a dizer.

E, para falar de amor, a realidade é você. Se considera bela a minha forma de escrever, não ignore o belo sorriso que você tem, pois é ele que eu escrevo. Se, porventura, eu vir a escrever sobre um beijo, é porque em algum momento teus lábios umedeceram os meus, num beijo que eu quis que não acabasse. Se sentir-se aquecida nas linhas de algum texto meu, é o nosso abraço guardado no meio das palavras. Aliás, falar de amor é confuso. A palavra ora é sentimento, ora é pessoa, de forma que as vezes eu já nem sei se estou falando do meu amor, ou do amor que sinto (a própria dúvida pode parecer sem sentido).

E, para falar do que é belo e natural, a realidade também é você. Se eu vier a descrever um céu negro e denso com estrelas refulgentes, são teus olhos a brilhar na luz. E se eu escrever sobre as ondas do mar, são teus cachos, que assim como essas palavras, já escorreram pelos meus dedos. E o cheiro das flores é o teu perfume (ou o creme do teu cabelo) que roubei do teu pescoço enquanto te abraçava.

Se houver algo de belo no que eu escrevo, por detrás há um amor ainda mais bonito, que me inspira a estar aqui... escrevendo. Sem você, tudo que há são apenas palavras vazias.


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