terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Os 28 artigos da breve exposição das doutrinas fundamentais do Cristianismo

 Artigo 1 - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência de Deus

"Existe um só Deus, vivo e pessoal; suas obras no céu e na terra manifestam não meramente que existe, mas  que possui sabedoria, poder e bondade tão vastos que os homens não os podem compreender; conforme sua soberana e livre vontade governa todas as coisas."

Artigo 2 - Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e do Homem

"Ao testemunho das suas obras Deus acrescentou informações a respeito de Si mesmo e do que requer dos homens. Estas informações se acham nas Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamento, nas quais possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o Criador e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder nesta vida."

Artigo 3 - Da Natureza dessa Revelação

"As Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus. Seu valor é incalculável e devem ser lidas por todos os homens."

Artigo 4 - Da Natureza de Deus

"Deus, o Soberano Proprietário do Universo, é espírito, eterno, infinito e imutável em sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade."

Artigo 5 - Da Trindade na Unidade

"Embora seja um grande mistério que existam diversas Pessoas em um só Ente, é verdade que na Divindade há uma distinção de Pessoas, indicadas nas Escrituras Sagradas pelos nomes Pai, Filho e Espírito Santo e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele, empregados por Elas, mutuamente entre Si."

Artigo 6 - Da Criação do Homem

"Deus tendo preparado este mundo para a habitação do gênero humano, criou o homem, constituindo-o de uma alma que é espírito, e de um corpo composto de matérias terrestres. O primeiro homem foi feito à semelhança de Deus, puro, inteligente e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras criaturas deste mundo."

Artigo 7 - Da Queda do Homem

"O homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz; mas tentado por um espírito rebelde (chamado por Deus Satanás), desobedeceu ao seu Criador; destruiu a harmonia em que estivera com Deus; perdeu a semelhança divina; tornou-se corrupto e miserável; deste modo vieram sobre ele a ruína e a morte."

Artigo 8 - Da Consequência da Queda

"Estas não se limitaram ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a pobreza, a desgraça e inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que Deus manda; por consequência todos pecam, todos merecem ser condenados, e de fato todos morrem."

Artigo 9 - Da Imortalidade da Alma

"A alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por ser Criador a uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado e gozar da mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e horror e sofrer agonias tais que mais quereria acabar do que continuar a existir; o pecador pela rebelião contra o seu Criador merece para sempre esta miséria; que é chamada por Deus a segunda morte."

Artigo 10 - Da Consciência e do Juízo Final

"Deus constituiu a consciência juiz na alma do homem. Deu-lhe mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos; mas reservou para Si o julgamento final, que será em harmonia com o Seu próprio caráter. Avisou os homens da pena com que punirá toda a injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao seu governo; cumprirá suas ameaças, punido todo o pecado em exata proporção à culpa.

Artigo 11 - Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus

"Deus vendo a perversidade, a ingratidão e o desespero com que os homens lhe retribuem Seus benefícios e o castigo que merecem, cheio de misericórdia, compadeceu-se deles; jurou que não deseja a morte dos ímpios; além disso, amou-os e mandou declarar-lhes, em palavras humanas, Sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores com tais palavras se importavam, Ele lhes deu a maior prova de amor enviando-lhes um Salvador que os livrasse completamente da ruína e miséria, da corrupção e condenação e os restabelecesse para sempre no Seu favor."

Artigo 12 - Da Origem da Salvação

"Esta salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque está inteiramente em harmonia com o seu caráter), procede do infinito amor do Pai, que deu seu Unigênito Filho para salvar os Seus inimigos."

Artigo 13 - Do Autor da Salvação

"Foi adquirida, porém, pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu sangue, pois tomou para Si um corpo humano e alma humana, preparados pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem; assim, sendo Deus e continuando a sê-lo, se fez homem. Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens, como se conta nos Evangelhos, cumpriu todos os preceitos divinos e sofreu a morte e a maldição como o substituto dos pecadores, ressuscitou e subiu ao céu. Ali intercede pelos Seus remidos e para valer-lhes tem todo o poder no céu e na terra. É nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que oferece, de graça, a todo o pecador, o pleno proveito da Sua obediência e sofrimentos, e o assegura a todos que, crendo nEle, aceitam-no por seu Salvador."

Artigo 14 - Da Obra do Espírito Santo no Pecador

"O Espírito Santo enviado pelo Pai e pelo Filho, usando das palavras de Deus, convence o pecador de seus pecados e de sua ruína, mostra-lhe a excelência do Salvador, move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiar em Jesus Cristo. Assim produz a grande mudança espiritual chamada nascer de Deus. O pecador nascido de Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna e goza das bênçãos da salvação."

Artigo 15 - Do Impenitente

"Os pecadores que não crerem no Salvador e não aceitarem a salvação que lhes está oferecida de graça, hão de levar a punição das suas ofensas, pelo modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus."

Artigo 16 - Da Única Esperança de Salvação

"Para os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe no porvir além da morte um raio de esperança. Deus não deparou remédio para os que, até o fim da vida neste mundo, perseverarem nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alívio."

Artigo 17 - Da Obra do Espírito Santo no Crente

"O Espírito Santo continua a habitar e a operar naqueles que faz nascer de Deus; esclarece-lhes a mente mais e mais com as verdades divinas, eleva e purifica-lhes as afeições adiantando neles a semelhança de Jesus; estes frutos do Espírito são provas de que passaram da morte para a vida, e que são de Cristo."

Artigo 18 - Da União do Crente com Cristo e do Poder para o Seu Serviço

"Aqueles que tem o Espirito de Cristo estão unidos com Cristo, e como membros do Seu corpo recebem a capacidade de servi-lo. Usando desta capacidade procuram viver, e realmente vivem, para a glória de Deus Seu Salvador."

Artigo 19 - Da União do Corpo de Cristo

"A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma só e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor, os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo para serem chamados e convertidos nesta vida , glorificados durante a eternidade."

Artigo 20 - Dos Deveres dos Crentes

"É de obrigação dos membros de uma igreja local - reunirem-se para fazer as orações e darem louvores a Deus, estudarem Suas palavras, celebrarem  juntos os ritos ordenados por Ele, valerem uns aos outros e promoverem o bem de todos os irmãos, - receberem entre si como membros aqueles que o pedem e que parecerem verdadeiramente filhos de Deus pela fé, - excluírem aqueles que depois mostram pela desobediência aos preceitos do Salvador que não são de Cristo, - e procurarem o auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus passos."

Artigo 21 - Da Obediência dos Crentes

"Ainda que os salvos não obtenham a salvação, pela sua obediência à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele lhes manifesta Sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça."

Artigo 22 - Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito

"Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo, que é o Mestre, Pontífice e único Cabeça da sua Igreja; mas como Governador da sua Casa estabeleceu nela diversos cargos como de Pastor, Presbítero, Diácono e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos próprios, aos que Ele quer para cumprirem os deveres destes ofícios, e quando existem devem ser reconhecidos pela Igreja como preparados e dados por Deus."

Artigo 23 - Da Relação de Deus para com o Seu Povo

"O Altíssimo Deus atende as orações que, com fé, em nome de Jesus, o único Mediador entre Deus e os homens, Lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os seus favores e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus."

Artigo 24 - Da Lei Cerimonial e dos Ritos Cristãos

"Os ritos judaicos, divinamente instituídos pelo ministério de Moisés, eram sombras de bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram; os ritos cristãos são somente dois: o batismo com água e a Ceia do Senhor."

Artigo 25 - Do Batismo com Água

"O batismo com água foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador quando envia o Espírito Santo para regenerar o pecador. Pela recepção do batismo com água, a pessoa declara que aceita os termos do pacto em que Deus assegura aos crentes as bênçãos da salvação."

Artigo 26 - Da Ceia do Senhor

"Na Ceia do Senhor como foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi morto e o sangue que foi derramado no Calvário; e participar do pão e do vinho representa o fato que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isto em memória do Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto à sua fé, seu amor e seu procedimento."

Artigo 27 - Da Segunda Vinda do Senhor

"Nosso Senhor Jesus Cristo virá do céu como homem, em Sua própria glória e na glória de Seu Pai, com todos os santos e anjos; assentar-se-á no trono da Sua glória e julgará todas as nações."

Artigo 28 - Da Ressurreição para Vida ou para a Condenação

"Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e ressuscitarão, os mortos em Cristo ressurgirão primeiro; os crentes que nesse tempo estiverem vivos serão mudados, e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor; os outros também ressuscitarão, mas para a condenação."

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Síntese Doutrinária - Texto sem comentários

 Dons de curar e cura divina

"Cremos na contemporaneidade dos dons de curar; tais dons são concedidos à Igreja hoje pelo Espírito Santo, segundo a Sua Soberana Vontade, sem limitação de tempo e definição das circunstâncias, conf. 1 Coríntios 12:7-9"

Entendemos como dom de curar a capacitação de caráter sobrenatural dada aos crentes em Cristo, instrumentos de Deus, para, com autoridade do Filho, e em nome dEle, ministrarem a benção da cura de enfermos, como fizeram servos de Deus no passado.

Dom de profecia

"Cremos na contemporaneidade do dom de profecia, que pode ser manifestado no sentido querigmático e preditivo."

Profetizar é a capacitação concedida pelo Espírito Santo ao crente em Cristo para pregar a Palavra de Deus (sentido querigmático), com o propósito de edificar, confortar, exortar e conduzir ao arrependimento; e para predizer a respeito de entendimentos futuros.

Dom de variedade de línguas

"Cremos na contemporaneidade do dom de variedade de línguas, as quais podem ser de natureza idiomática ou inteligível (estrangeira) e ininteligível (estranha)."

O dom de variedade de línguas é  a capacitação sobrenatural dada por Deus, mediante o Espírito Santo, ao crente em Cristo, para falar em língua estrangeira não conhecida e anteriormente não aprendida ou em uma língua estranha. 

Visões ou Revelações

"Cremos que visões ou revelações ainda ocorrem hoje."

Visão ou revelação é um modo de Deus se comunicar com o homem, tendo como objetivo propor uma orientação pessoal, imediata, esclarecer, mostrar ou descobrir a Sua vontade. 

Unção com óleo

"Cremos que a unção com óleo sobre enfermos, como símbolo do poder curador de Deus, pode também ser praticada na presente época da Igreja."

Quebra de maldição

"Cremos que o sacrifício de Cristo, realizado na cruz do Calvário, é suficientemente eficaz para livrar o homem que nEle Crê de qualquer maldição que lhe tenha sido imposta por Deus, em consequência da sua desobediência e, portanto, é desnecessária qualquer palavra ou ritual para quebrar maldições."

Maldição é uma consequência da quebra da Lei de Deus.

Sinais e Prodígios

"Cremos que Deus, no exercício de Sua Soberania, pode se manifestar, ainda hoje, pro meio de sinais e prodígios."

Sinais e prodígios são feitos sobrenaturais, usados por Deus, para confirmar a Palavra pregada, manifestar o Seu poder e a Sua glória.

Batismo com o (do) Espírito Santo

"Cremos que o batismo com o Espírito Santo é o ato mediante o qual o crente em Cristo é identificado com o Seu Corpo, a Igreja, ou incorporado na família de Deus."

Cura interior

"Cremos que todos os homens tem feridas interiores, em maior ou menor escala, das quais precisam ser curados."

Expulsão de demônios ou exorcismo

"Cremos que os crentes em Cristo têm autoridade para expulsar demônios, em nome dEle."

O Jejum

"Cremos que a prática do jejum não é exclusiva dos tempos vétero e neotestamentários. e que, portanto, é lícito a Igreja utilizar-se dela nos dias atuais."


sábado, 27 de abril de 2024

Daniel e Eclesiastes 11:9-10

 "Jovem, alegre-se em sua juventude! Aproveite cada momento. Faça tudo que desejar; não perca nada! Lembre-se, porém, que Deus lhe pedirá contas de tudo que fizer. Não se preocupe com coisa alguma e mantenha o corpo saudável. Lembre-se, porém, que a juventude, e a vida inteira diante de você, não fazem sentido." Eclesiastes 11:9-10


I - CONTEXTUALIZANDO ECLESIASTES

  • Salomão escreve Eclesiastes na sua velhice, após retornar para o Senhor depois de ter se permitido corromper por suas esposas;
  • Salomão tem propriedade para falar sobre alegrar-se e aproveitar cada momento, bem como fazer tudo aquilo que se deseja;
  • Entretanto, Salomão também tem propriedade para falar sobre a efemeridade da vida e de tudo que se vive diariamente.
  • Salomão tem propriedade para falar sobre a prestação de contas que precisaremos dar de tudo aquilo que fizemos durante nossa vida.
  • Portanto, Salomão nos aconselha a não desperdiçar a nossa juventude
  • Ele também nos alerta que não apenas a juventude como toda a nossa vida são passageiras, de forma que não corrigir nossas posturas hoje é um bom modo de ver o tempo escorrer entre nossos dedos e a vida passar sem que tenhamos nos alegrado no Senhor e suas bençãos.
II - O PARALELO COM DANIEL

  • Vemos Daniel viver a vida conforme o conselho que Salomão nos deixou
  • Ele manteve seu corpo saudável e comeu apenas aquilo que lhe era lícito consumir
  • Ele não desperdiçou a sua juventude nos prazeres da Babilônia. Pelo contrário: trabalhou para que a vontade do Senhor para seu povo e o povo da Babilônia fosse concretizada através das suas ações.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Panorama dos Livros da Bíblia - Antigo Testamento

Introdução

No artigo de hoje eu gostaria de dar um breve panorama sobre todos os livros do Antigo Testamento. É importante compreender um pouco do escopo geral de cada um dos livros, o que ajuda bastante na compreensão de passagens específicas, ou mesmo do contexto histórico no qual determinado livro foi escrito.

A bíblia cristã evangélica possui 66 livros, os quais são divididos em 39 livros do Antigo Testamento e 27 livros do Novo Testamento. 

Divisão do Antigo Testamento

  • Livros da Lei ou Pentateuco
  • Livros Históricos
  • Livros Poéticos
  • Livros dos Profetas Maiores: 
  • Livros dos Profetas Menores

Divisão do Novo Testamento

  • Livros Bibliográficos ou Evangelhos
  • Livro Histórico
  • Epístolas de Paulo
  • Epístolas Gerais
  • Livro Profético

O Antigo Testamento

O Antigo Testamento, embora negligenciado e muitas vezes mal interpretado, é muito útil para igreja, pois apresenta o pano de fundo histórico para compreensão no Novo Testamento e das palavras e ações do nosso Senhor Jesus Cristo.

Essa importância se torna ainda mais clara quando descobrimos que o Antigo Testamento é citado mais de 600 vezes no novo testamento, sendo muitas dessas citações feitas pelo próprio Senhor Jesus. É certo, inclusive, que muitas das palavras pronunciadas pelo nosso Salvador enquanto falava às multidões são reproduções constantes de passagens do Antigo Testamento.
  • Gênesis: significa "Começo". O livro de Gênesis narra o início de todas as coisas, com a criação dos céus, da terra, da humanidade. Também narra o início do plano da salvação, através do registro da Queda, da promessa de redenção, separação de um povo para Deus, e profecias acerca da vinda do Messias.
  • Êxodo: significa "Saída". O livro de Êxodo narra a saída do povo hebreu do Egito em direção ao Monte Sinai, onde receberam as tábuas da Lei.
  • Levítico: o livro dos levitas, dos sacerdotes. Logo, Levítico é o livro da Lei e das instituições básicas de Israel.
  • Números: O livro do censo do povo de Israel durante sua peregrinação no deserto.
  • Deuteronômio: significa "Segunda Lei". A Lei de Deus é entregue novamente ao povo no deserto.
  • Josué: traz a história da conquista de Canaã por Josué.
  • Juízes: O período no qual o povo de Israel foi governado por Juízes. Após os juízes, inicia o período dos reis.
  • Rute: Ainda no tempo dos Juízes, Rute trata da linhagem de Davi, o rei de Israel, e ancestral do Senhor Jesus.
  • 1 Reis: a história dos 3 primeiros reis de Israel: Saul, Davi e Salomão.
  • 2 Reis: a história da divisão do Reino de Israel em Reinos do Norte (Israel) e do Sul (Judá), governados pelos reis que sucederam Salomão.
  • 1 e 2 Crônicas: repete muitos dos relatos dos livros dos Reis, bem como os cativeiros da Assíria e Babilônia. Aborda a promessa do Senhor de retorno à Terra Prometida.
  • Esdras: aborda o retorno da terra da Babilônia e reconstrução do Templo de Jerusalém.
  • Neemias: aborda a reconstrução dos muros de Jerusalém.
  • Ester: aborda a instituição da Festa do Purim como comemoração do livramento dos judeus durante o período Persa.
  • Jó: aborda o sofrimento de um justo à luz da sabedoria geral e do relacionamento com Deus.
  • Salmos: coletânea de cânticos para adoração adequada do povo em diversas situações.
  • Provérbios: ensinamentos sobre a sabedoria que deveriam ser passados para os jovens.
  • Eclesiastes: demonstra que a vida sem Deus é apenas existência vazia que resulta em pessimismo.
  • Isaías: Deus chamou Isaías para advertir o povo sobre a decisão dEle de enviá-los para o exílio, e consolá-lo que seriam trazidos de volta com a bênção do Senhor.
  • Jeremias: deveria lembrar ao povo as razões pela qual estavam vivendo o exílio, e exortar o povo ao arrependimento.
  • Lamentações de Jeremias: o lamento do profeta e orientações para o povo que estava sofrendo sob o jugo babilônio.
  • Ezequiel: deveria incentivar os exilados a permanecerem fiéis ao Senhor.
  • Daniel: deveria dar aos exilados e primeiros libertos a certeza de que Deus estava no controle da história.
  • Oseias: deveria informar que após o justo julgamento divino e exílio, o povo de Deus receberia grande restauração. 
  • Amós: deveria informar a severidade do castigo divino diante da infidelidade de Israel e Judá, e declarar esperança e restauração depois da destruição e exílio que se aproximavam.
  • Obadias: deveria encorajar o povo de Judá a ter esperança na justiça divina e na vitória final sobre todos os inimigos. O Reino enfrentava diversidades vindas de Edom.
  • Jonas: deveria pregar arrependimento a Nínive, levando a misericórdia do Senhor para outros povos, ainda que a contragosto do profeta.
  • Miqueias: deveria chamar Judá ao arrependimento durante a crise assíria e prepará-la para o exílio babilônico. 
  • Naum: Confortar Judá ao anunciar julgamentos futuros contra Nínive.
  • Habacuque: guiar Israel em direção a fé durante as provações e exílio babilônico.
  • Sofonias: chamar Judá e Israel ao arrependimento diante da invasão babilônica.
  • Ageu: incentivar a reconstrução do Templo.
  • Zacarias: encorajar a confiança do povo nas promessas de Deus.
  • Malaquias: incentivar e renovar a fé do povo anunciando o julgamento que viria através do Messias.

sábado, 19 de agosto de 2023

Leve a sério - Êxodo 4:24-26

 E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e o quis matar.

Então Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário.

E desviou-se dele. Então ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão.

Êxodo 4:24-26

Moisés havia acabado de receber uma missão do Senhor: retornar ao Egito como libertador do povo hebreu que estava vivendo em escravidão. Ele deveria fazer diante do Faraó todas as maravilhas do Senhor estava fazendo, e dizer ao povo que Deus havia atentado para sua aflição.

E nos deparamos com um dos relatos mais emblemáticos acerca das ações de Deus: O Senhor que acabara de ordenar à Moisés que retornasse ao Egito, no caminho, deseja matá-lo. É aparentemente incoerente que Deus tenha dado ao líder israelita uma missão, e em seguida tenha o sentenciado a morte sem dar a oportunidade dele exercer o seu chamado. Entretanto, não estamos diante de qualquer contradição ou incoerência da parte do Senhor, e sim da parte do próprio Moisés, conforme abordaremos nos tópicos a seguir.

1º Moisés não estava levando Deus a sério

Precisamos compreender que Moisés ainda não tinha noção do peso das suas palavras e decisões. Ele já havia irado ao Senhor por ter se recusado a ser o porta-voz de Deus ao povo, conforme os versículos 14 e 15. É compreensível que Deus demonstrasse Sua ira e poder ao patriarca, a fim de que este acordasse à realidade de que não poderia se opor e questionar ao Senhor constantemente.

Deus em Sua misericórdia já havia usado de benevolência com Moisés diante da sua recusa de ser porta-voz, e diante das suas constantes reclamações acerca de não ser capaz de convencer o povo. Deus manda Moisés, e ele reclama que o povo não iria crer nele e dar atenção. Então Deus concede à ele um bordão através do qual poderia operar milagres. 

Em seguida Moisés reclama de não ser eloquente, e Deus age de misericórdia e assegura à Moisés que ele mesmo ensinaria o que deveria ser dito! Ante a incapacidade de Moisés, o próprio Deus o ensinaria, com a mesma proximidade e relação que Adão teria nas visitações no Éden caso não tivesse caído.

Mesmo assim Moisés reclama novamente, a ponto do Senhor se irar contra ele.

Moisés não havia compreendido que estava falando com o Deus Todo Poderoso, e que era pequeno, e mesmo que Deus se dispusesse a falar diretamente com ele, isso não fazia que ele fosse mais do que poeira na eternidade. Moisés por diversas vezes questiona a escolha e sabedoria de Deus, olhando não para Deus, e sim para si mesmo e suas limitações.

E a gota d'água acaba sendo a incircuncisão de Gérson, o seu filho. A circuncisão era o sinal da aliança de Deus com Israel, e também uma Lei de Deus dada à Abraão, associada às promessas. Ao não circuncidar seu filho, Moisés estava novamente descumprindo uma ordem de Deus. Ele precisava ser confrontado com a sua desobediência e rebeldia. Como homem, era normal ter dúvidas, e Deus compreende isso. Só que as dúvidas não podem ser justificativas para desobediência à ordens expressas dadas por Deus.

E o que isso nos ensina? Não podemos viver com Deus pela metade, apenas naquilo que é vantajoso.

2º Moisés não estava levando seu chamado a sério

Deus separou Moisés para ser o libertador e líder do povo hebreu após o cativeiro egípcio. Ele seria, portanto, o porta-voz de Deus para os homens, aquele que seria responsável por ensinar a vontade de Deus ao povo recém liberto e que precisava ser conduzido.  Moisés havia sido chamado por Deus para erguer novamente a nação de Israel.

Moisés estava a caminho do Egito para se apresentar como libertador de um povo, e era evidente que ele não agia de acordo com seu chamado. Ele iria lembrar para o povo aflito sobre as promessas de Deus, e a aliança com Israel, e ele mesmo não vivia de acordo com a aliança. Ele mesmo não estava considerando a hipocrisia de não circuncidar o próprio filho. 

O patriarca não estava considerando a seriedade e comprometimento necessário para cumprir a ordem dada por Deus, e se dispôs a ser simplesmente um porta-voz, e não um verdadeiro israelita. Ele ensinaria sobre um comprometimento que ele não era capaz de ter. Ele falaria de uma aliança que ele mesmo não praticava em sua família. Ele não estava levando seu chamado a sério, e para ele se tratava simplesmente de ir levar uma mensagem, e não de comprometer a si mesmo e sua família em um compromisso definitivo com Deus. É possível que Moisés achasse que seu chamado seria temporário e breve, de forma que sequer se preocupava em se apresentar irrepreensível.

E o que isso nos ensina? O mensageiro não está acima da sua mensagem. É preciso ser coerente com aquilo que se prega e se vive.

3º Moisés não estava levando a sua família a sério

A aliança com o povo de Israel era uma aliança de sangue. Fazer parte da promessa de Deus consistia, em primeiro lugar, fazer parte do povo de Israel. Ao não circuncidar Gérson, ele estava privando seu filho das promessas de Deus para sua vida. Moisés estava deixando a sua família de fora da sua missão.

E nessa disposição de compreender que a missão de Moisés tinha impacto direto na vida da família, Zípora circuncida Gérson, dando cumprimento ao mandamento do Senhor para vida do menino. E não apenas isso! O ocorrido traz a própria Zípora para a família de Israel, e é por isso que ela chama Moisés de marido sanguinário.

Ela não estava criticando Moisés pelo derramamento de sangue, mas dizendo que se antes o parentesco deles se dava pela aliança com a família da esposa no momento em que foi acolhido, agora eles estavam unidos também pela aliança de Deus para aquela família. Daquele momento em diante a família de Moisés fazia parte da aliança do Senhor, e eram família, e família em Cristo.

E o que isso nos ensina? Não afaste sua família do Senhor, mesmo sob o argumento de estar fazendo a vontade dEle.

domingo, 13 de agosto de 2023

João 5:10-16

Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito.

Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma o teu leito, e anda.

Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito, e anda?

E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão.

Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.

E aquele homem foi, e anunciou que Jesus era o que o curara.

E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado.

João 5:10-16


CONTEXTO

  • Jesus cura o homem paralítico e manda ele recolher o seu leito e andar
  • Os judeus repreendem o homem por estar fazendo trabalho no sábado
  • Os judeus perseguem Jesus por operar milagres no sábado

1 - O PRÓPRIO SENHOR JESUS É O SENHOR DO SÁBADO

  • O sábado é o descanso
  • Jesus consagra o sábado para Si com Suas próprias obras e ações
  • Sábado como um ato de fé


2 - OS JUDEUS ESTAVAM TÃO PREOCUPADOS EM JULGAR QUE NÃO ESTAVAM DISPOSTOS A OUVIR
  • Os judeus repreendem o homem sem tentar entender seus motivos
  • Estavam tão preocupados em julgar que sequer pensaram eu ouvir o homem
  • Estavam tão preocupados em julgar que não eram capazes de se maravilhar com o milagre
  • Estavam dispostos a matar o próprio Jesus

3 - CRISTO É SOBERANO SOBRE A VIDA DE JUSTOS E INJUSTOS

  • Num primeiro momento Jesus cura a saúde do homem
  • Num segundo momento Jesus se dá a conhecer ao homem

APLICAÇÕES
  1. Precisamos aprender a descansar no Senhor e descansar com o Senhor
  2. Não podemos nos precipitar em julgamento sem sequer ouvir ao nosso irmão
  3. Não podemos medir o amor de Jesus por bênçãos passageiras oriundas da Graça
  4. A única demonstração válida da afinidade com Deus na vida de um homem é a santificação

João 5:1-8

 Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.

Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.

Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água. 

Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.

E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.

E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo disse-lhe: Queres ficar são?

O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda.

Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.

João 5:1-9


CONTEXTO

  • Jesus encontra um tanque onde conhecidamente milagres aconteciam
    • De tempos em tempos Deus enviava um anjo ao local
  • Havia um homem que aguardava 38 anos para ser curado da sua enfermidade
    • Não se tem informação da enfermidade, mas se depreende ser incapacitante
    • Todos os enfermos apontados eram humanamente incuráveis (cegos, mancos, ressicados)
    • Ninguém se compadecia de ajudar esse homem

1 - ESSE TEXTO MOSTRA A NATUREZA HUMANA NA SUA FORMA MAIS PURA

  • Todos ali são incapazes de ajudar o próximo estando necessitados também
  • O homem  não tinha mais esperanças
  • O homem acredita que os benefícios de Deus dependem em algum grau da sua capacidade
  • O homem sozinho não tem forças para nada:
    • Nem entrar no poço;
    • Muito menos conseguir a cura das suas enfermidades

2 - ESSE TEXTO NOS MOSTRA A OBRA DE JESUS

  • Diferente dos homens, Jesus é o único disposto a ajudar graciosamente;
  • É Cristo quem caminha em direção ao homem, que nada pode fazer;
  • É o poder de Jesus quem opera a cura
  • A obra de Jesus não pode ser planejada e condicionada
    • Jesus cura num sábado, onde os homens não aceitavam qualquer obra

3 - APLICAÇÕES

  1. Não podemos perder a esperança quando não vemos as coisas acontecerem
  2. Não podemos por um minuto sequer depositar a nossa fé em nós mesmos ou no outro
  3. Não podemos por um minuto sequer duvidar da graça e bondade do nosso Deus
    1. Ele de fato nos salvou para Si
    2. Ele é benevolente a todo tempo
    3. Não podemos comprar seu favor nem com cultos

Os 28 artigos da breve exposição das doutrinas fundamentais do Cristianismo

 Artigo 1 - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência de Deus "Existe um só Deus, vivo e pessoal; suas obras no céu e na terra mani...